Diversas pesquisas apontam que serviços públicos são avaliados, em termos de eficiência em desempenho, através da mensuração da satisfação do beneficiário do serviço. Neste estudo objetivou-se evidenciar que ‘eficiência’ e ‘satisfação’ são constructos diferentes. Para tanto, utilizou-se de um estudo de caso de um serviço público: ‘Projeto Bahia Produtiva’. Os dados de satisfação e execução do Projeto, em relação ao serviço de ATER, foram analisados pela estatística descritiva e pela aplicação da técnica DEA, respectivamente. Ambos os resultados foram comparados. Utilizou-se, para tanto, a aplicação do teste Kruskal-Wallis e verificou-se que a distribuição do índice de satisfação é igual nos dois grupos de instituições avaliadas pela eficiência: ‘eficientes’ e ‘não eficientes’, ou seja, os índices de satisfação não se comportam de forma diferente entre os grupos categorizados pela eficiência. Além disso, tornou-se evidente que os índices de satisfação e eficiência não têm uma relação dependência entre si, segundo o resultado do teste qui-quadrado de Pearson. A principal contribuição deste estudo reside em demonstrar que eficiência e satisfação não devem ser utilizadas com o mesmo propósito. Recomendações para adoção de índices de mensuração mais coerentes são oferecidas com o objetivo de maximizar o valor de um serviço público entregue à sociedade.